Nutriente essencial em muitos processos vitais, incluindo a construção e manutenção da saúde óssea, a vitamina D também tem um papel importante para impedir casos graves da Covid-19, devido ao seu papel como mediador imunológico essencial.
Segundo um estudo publicado na semana passada pela revista Plos One (Public Library of Science), baseado em pesquisas realizadas durante as duas primeiras ondas do vírus em Israel e com base em valores pré-infecção, pacientes com deficiência de vitamina D tinham 14 vezes mais chances de ter a doença em níveis mais graves.
A análise mostra que um nível mais baixo de vitamina D foi mais comum em pacientes com um quadro grave ou crítico (87,4%), do que em indivíduos com doença leve ou moderada (34,3%).
“Achamos notável e impressionante ver a diferença nas chances de se tornar um paciente grave quando você está com falta de vitamina D em comparação com quando não está”, disse o Dr. Amiel Dror, médico do Galilee Medical Center e Bar Ilan, que faz parte da equipe por trás do estudo, ao jornal The Times of Israel.
Além disso, a mortalidade entre as pessoas com baixos índices de vitamina D foi de 25,6%, em contraste com 2,3% entre aqueles com níveis suficientes. As diferenças ainda se aplicaram depois que os pesquisadores controlaram a idade, sexo e o histórico de doenças crônicas.
Vitamina D não substitui a vacina contra Covid-19
A pesquisa é baseada em estudos realizados durante as duas primeiras ondas da Covid-19 no país, antes das vacinas contra Covid-19 estarem disponíveis para toda a população. Vale ressaltar que médicos enfatizaram que os suplementos vitamínicos não são substitutos da vacina, mas sim uma forma de impedir que os níveis de imunidade caíssem.
“Há um bom resultado se todos tomarem um suplemento de vitamina D durante a pandemia, que, consumido em quantidades sensatas de acordo com os conselhos oficiais, não tem nenhuma desvantagem”, apontou o pesquisador.
Segundo a pesquisa, isso ocorre por conta dos pacientes, ao tomarem os suplementos antes de serem infectados, poderem evitar piores efeitos da doença.
Para o Dr. Amiel Dror, como o estudo “obtém uma imagem tão boa dos níveis de vitamina D dos pacientes, observando um amplo período em vez de apenas o tempo de internação”, ele oferece um suporte muito mais forte do que qualquer coisa vista até agora, enfatizando a importância de aumentar os níveis de vitamina D também durante o período de internação.
Ainda durante o estudo, pesquisadores se perguntaram se o coronavírus foi, na verdade, o causador da deficiência nos pacientes. Para eliminar a dúvida, foram analisados os dados entre os israelenses, para obter uma imagem melhor de seus níveis de vitamina D antes da infecção.
“Verificamos uma série de prazos e descobrimos que, onde quer que você olhe nos 2 anos anteriores à infecção, a correlação entre a vitamina D e a gravidade da doença é extremamente forte”, explica Dror ao veículo.
Publicado primeiro em Fale Saúde
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